Claudiana Lamarche

8 de abr de 2021

Instalações elétricas de baixa tensão: O que estudar para concursos públicos- Parte 1

Atualizado: 19 de jul de 2021

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Não sei vocês, mas eu sempre tenho dificuldades em estudar instalações elétricas desde o período da faculdade. Hoje, meu intuito é facilitar um pouco o seu estudo e abordar somente o que é mais cobrado em provas de concursos. Aqui não irei tratar das grandezas elétricas (Carga elétrica (Q; q);Potencial elétrico (voltagem);corrente elétrica (i);Resistência elétrica (R);Potência elétrica (P), embora seja de suma importância que você tenha o domínio destes conceitos.

A NBR 5410 trata de Instalações elétricas de baixa tensão. Esta norma aplica-se aos circuitos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma tensão superior a 1000 V e alimentados através de uma instalação de tensão igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada, por exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos, etc.

1. Materiais condutores e materiais isolantes

Os materiais, como sabemos, são formados por combinações de elementos químicos. Materiais como borracha, madeira, vidro, cerâmica e plástico, apresentam fortes ligações químicas, iônicas e moleculares, não possuindo, dessa forma, elétrons livres. Não existe, portanto, a característica de mobilidade de elétrons, e em consequência disso, não são passíveis de formarem uma corrente elétrica. Esses materiais são isolantes elétricos que, embora sendo maus condutores de eletricidade, são indispensáveis em instalações elétricas por impedir fuga de corrente elétrica para locais indesejados, protegendo inclusive as pessoas de choques.

Outros materiais são formados pela ligação metálica, onde os átomos se juntam e formam o que se chama uma nuvem de elétrons ao redor dos núcleos. Nessa configuração, a quantidade de elétrons disponíveis é muito grande e são eles capazes de se movimentar em distâncias muito maiores do que em outro tipo de ligação química. Nesses materiais, formados pela ligação metálica, a possibilidade de criação de uma corrente elétrica é altíssima. São chamados condutores elétricos e, como exemplo, temos os metais (aço, ferro, alumínio, cobre, ouro, prata, etc.).

2. Entrada de energia para clientes residenciais

Saiba que a entrada de energia nas residências ode ser de 3 tipos (monofásica, bifásica, trifásica)

3. Circuito de distribuição

Liga o quadro de medição ao quadro de distribuição

* Eletrodutos são tubos por onde passam os condutores do circuito (podem passar até 9 condutores em um eletroduto). Servem para proteger os fios e cabos contra danos diversos.

Os condutores podem ser:

  • Dutos

  • Eleletrodutos

  • Molduras, rodapés e alizares

  • Bandejas ou leitos de cabos (somente condutos abertos)

4. Quadro de distribuição (Quadro de Luz, Quadro de Disjuntor ou caixa de fusíveis)

O Quadro Geral de Distribuição é um dos equipamentos mais importantes na instalação elétrica de qualquer imóvel, seja residencial ou comercial. É ele o responsável por concentrar todos os cabos referentes à fiação elétrica e por distribuir energia a todos os cômodos da edificação. É um painel composto por chaves, fusíveis e disjuntores, no qual os cabos do relógio de medição estão concentrados. Além disso, o painel serve para proteger os fios e circuitos elétricos de curtos e sobrecargas, os quais podem causar incêndios e outros problemas em toda a fiação elétrica da construção.

É nele onde está toda a fiação elétrica do imóvel, seja pontos de luz, tomadas, interruptores e outros, e onde também existem os barramentos, responsáveis pela proteção dos circuitos contra choques, curtos e sobrecargas.

5. Circuitos terminais

Partem do quadro de distribuição e alimentam a lâmpadas, tomadas de uso geral (TUG’s) e tomadas de uso específico (TUE’s). Geralmente, em uma residência, um circuito terminal é formado por F+N+T (Fase, neutro e terra), mas certos equipamentos (trifásicos) precisam de 3F+N+T.

Vamos ver agora os dispositivos mais cobrados em provas

  • 6. Interruptores

a) Interruptor simples: Realiza comando do ponto de luz em um único local

b) Interruptor paralelo (ou three-way): Realiza comando do ponto de luz de dois locais distintos.

c)Interruptor intermediário (ou four-way): Realiza comando do ponto de luz de mais de dois locais distintos

  • 7. Dispositivos de proteção

Vamos entender alguns conceitos inicialmente

Sobrecarga: acréscimo da corrente nominal até valores da ordem de 10x In (possui, portanto, efeito térmico lento). Para proteção de sobrecarga utiliza-se:

  • Relé térmico (evitar sobreaquecimento)

Curto-circuito: acréscimo da corrente nominal até valores da ordem de mais de 10x In (exige, portanto, interrupção imediata). Para proteção de curto-circuito utiliza-se:

  • Relé eletromagnético

É formado por um eletroímã e um conjunto de contatos. A movimentação física desse “interruptor” ocorre quando a corrente elétrica que percorre as espiras da bobina do relé cria um campo magnético forte o suficiente para atrair a alavanca responsável pela mudança do estado dos contatos.

  • Fusível

É um dispositivo destinado a eliminar uma corrente de curto-circuito através de um condutor chamado “elo fusível”, que se funde. É formado por um corpo de material isolante (fibra prensada, porcelana etc.) e um fio fusível de chumbo, cobre ou prata.

* Disjuntor: É um dispositivo de manobra (seccionamento) que tem a função de desarmar capaz de atuar tanto na sobrecarga quanto no curto-circuito (constituído de relé térmico e relé eletromagnético).

Para as instalações prediais são utilizados os minidisjuntores que podem ser:

  • Monopolares (monofásicos: F + N): utilizado em instalações e circuitos que possuem apenas uma única fase

  • bipolares (bifásicos: F + F): usado em circuitos ou instalações com duas fases

  • tripolares (trifásicos: F + F + F): indicado para instalações e circuitos com três fases

  • tetrapolar( F+F+F+N): para instalações e circuito com três fase e um neutro.

Corrente de fuga: desvios de corrente da ordem de 30mA até aproximadamente 500mA (ocasiona choques, desperdício de energia, em alguns casos incêndio etc.). Para proteção de corrente de fuga utiliza-se:

  • Interruptor de corrente de fuga (FI) ou Diferencial residual (DR)

É um dispositivo que verifica a soma vetorial das correntes que entram e saem em um circuito, protegendo pessoas e animais domésticos contra correntes de fuga.

Este dispositivo é obrigatório para algumas cargas em instalações de baixa- tensão como: chuveiros, tomadas de áreas externas, copas, cozinhas, demais dependências internas molhadas ou sujeitas a lavagens, etc. (ABNT, 2004, p. 49). Os dispositivos DR, módulos DR ou disjuntores DR de corrente nominal residual até 30mA são destinados fundamentalmente à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda superiores a estas, são destinados à proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia elétrica ou ainda incêndios