Processos de tratamento dos esgotos

Sabemos que vários processos de tratamento de esgoto e que a escolha do processo ideal, baseia-se principalmente no nível de eficiência desejado. Para provas de concursos públicos, geralmente, considera-se a classificação do tratamento dos esgotos em níveis de eficiência: preliminar, primário, secundário ou terciário.

O Tratamento preliminar é responsável pela remoção de sólidos grosseiros e areia presentes no esgoto afluente por processos mecânicos ou físicos (manual ou mecânica). Tem como objetivo evitar o acúmulo/entupimentos/obstruções de sólidos grosseiros e material inerte e abrasivo nas tubulações e demais unidades da ETE.

O Tratamento Primário envolve unidades de tratamento que adotam decantadores primários (promovem a sedimentação das partículas em suspensão, óleos ...).

Nesta etapa, as impurezas presentes na água são agrupadas pela ação do coagulante, em partículas maiores ( flocos) que possam ser removidas pelo processo de decantação. Os reagentes utilizados são denominados de coagulantes, que normalmente são o Sulfato de Alumínio e o Cloreto Férrico.

Nesta etapa também poderá ser necessária a utilização de um alcalinizante (Cal Hidratada ou Cal Virgem) que fará a necessária correção de pH para uma atuação mais efetiva do coagulante.

Na coagulação ocorre o fenômeno de agrupamento das impurezas presentes na água e , na floculação, a produção efetiva de flocos. A floculação pode ser Floculação pericinética e Floculação ortocinética

Decantadores são unidades destinadas à remoção de partículas presentes na água, pela ação da gravidade. Podem ser çppconvencionais ou de baixa taxa, e de elementos tubulares ou de alta taxa.

Destina-se à degradação biológica de compostos carbonáceos nos chamados lagoas anaeróbias/reatores anaeróbios (que utilizam das bactérias para a decomposição da matéria orgânica presente no esgoto). Vale ressaltar que alguns autores classificam as lagoas anaeróbias ou reatores anaeróbios como tratamento primário, mas em provas costumam estar como secundário, ok?.

Em alguns casos, apenas com o tratamento secundário, se obtém valores que permitem o lançamento do efluente diretamente no corpo receptor. Casos em que o tratamento secundário não remove nitrogênio e fósforo nos percentuais exigidos pelo órgão ambiental, utiliza-se o tratamento terciário.

a) A remoção de nitrogênio é normalmente realizada no processo de lodos ativados.

b) Já a remoção de fósforo, geralmente é realizada através de tratamento químico, utilizando-se sulfato de alumínio, cloreto férrico, dentre outros.

O tratamento terciário é aquele que se destina à remoção de organismos patogênicos, a chamada desinfecção, isto depende das características do efluente (nutrientes, organismos patogênicos e compostos não biodegradáveis).